
Gabriel Soares de Souza
Foi para o Brasil entre os anos de 1565 e 1569. Na Bahia estabeleceu-se como colono agrícola. Ali casou e prosperou a ponto de nos 17 anos de estada se fazer senhor de um engenho de açúcar, e abastado, como do seu testamento se depreende. Ganhando com a fortuna posição, foi dos homens bons da terra e vereador da Câmara de Salvador.
Soares, sujeito de bom nascimento se não fidalgo de linhagem, suficientemente instruído, inteligente, era curioso de observar e saber, e excelente observador como revela o livro. Embora determinado por uma necessidade de momento, não foi este composto de improviso e de memória. Para o redigir serviu-se, como declara, das “muitas lembranças por escrito” que nos 17 anos da sua residência no Brasil fez do que lhe pareceu digno de nota. Obtidas as concessões e favores requeridos, nomeado capitão-mor e governador da conquista que fizesse e das minas que descobrisse, voltou ao Brasil em 1591, com uma expedição de 360 colonos e quatro frades.
Malogrou-se-lhe completamente a empresa, pois não só naufragou nas costas de Sergipe mas depois veio, com o resto da expedição que conseguira salvar do naufrágio e reconstituíra na Bahia, a perecer nos sertões pelos quais se internara. Faleceu no final de 1591, perto das cabeceiras do rio Paraguaçu.
Diz o autor da obra “Brasiliana da Biblioteca Nacional”: ´O grande valor histórico e etnográfico desse texto é o de ter conseguido o milagre de ter retirado seu autor do anonimato a que fora relegado por cerca de três séculos. Gabriel Soares de Sousa é uma das principais figuras lusitanas que souberam perceber o sentido grandioso, ufanista, da terra brasileira como “novo reino, pois está capaz para se edificar nele um grande império, o qual com pouca despesa destes reinos se fará tão soberano que seja um dos Estados do mundo.”
OUTROS AUTORES
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Frei Vicente do Salvador
Frei Vicente do Salvador, nascido Vicente Rodrigues Palha (Matuim, Salvador, 1564 — Salvador, 1636-1639) foi um religioso franciscano brasileiro.
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Fernão Cardim
Fernão Cardim (Viana do Alentejo, 1549 — arredores de Salvador, 1625) foi um jesuíta português. Tendo entrado para a Companhia de Jesus em 1566, embarcou para o Brasil em 1583.
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Manuel Querino
Manuel Raimundo Querino (Santo Amaro, 28 de julho de 1851 — Salvador, 14 de fevereiro de 1923) foi um intelectual afro-descendente, aluno fundador do Liceu de Artes e Ofícios da Bahia.
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Nina Rodrigues
Raimundo Nina Rodrigues (Vargem Grande, 4 de dezembro de 1862 — Paris, 17 de julho de 1906) foi um médico legista, psiquiatra, professor, escritor, antropólogo e etnólogo brasileiro.
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Evaristo de Morais
André João Antonil foi um jesuíta italiano nascido na região de Lucca, Toscana. Formou-se em Direito pela Universidade de Perúgia e aos dezoito anos ingressou na Companhia de Jesus, em Roma. Chegou a Salvador, Brasil, no ano de 1681, onde veio a falecer no ano de 1716.
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Manuel da Nóbrega
Manuel da Nóbrega nasceu no norte de Portugal, na vila de Sanfins do Douro, dia 18 de outubro de 1517. Estudou no Porto, Coimbra e na cidade espanhola de Salamanca.
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Gabriel Soares de Souza
Na Bahia estabeleceu-se como colono agrícola. Ali casou e prosperou a ponto de nos 17 anos de estada se fazer senhor de um engenho de açúcar, e abastado, como do seu testamento se depreende. Ganhando com a fortuna posição, foi dos homens bons da terra e vereador da Câmara de Salvador.
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André João Antonil
André João Antonil foi um jesuíta italiano nascido na região de Lucca, Toscana. Formou-se em Direito pela Universidade de Perúgia e aos dezoito anos ingressou na Companhia de Jesus, em Roma. Chegou a Salvador, Brasil, no ano de 1681, onde veio a falecer no ano de 1716.
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Silio Boccanera Junior
Silio Boccanera Junior nasceu, em Salvador, em 3 de fevereiro de 1863. Foi engenheiro, teatrólogo, historiador e jornalista, um dos principais autores sobre o teatro no Brasil.
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Luís de Oliveira Mendes
Luís Antonio de Oliveira Mendes (Bahia, 1750-1817) foi um advogado e membro da Academia Real das Ciências de Lisboa. Nascido na Bahia, se formou em leis na Universidade de Coimbra, em 1777.